Enfiado na lama

quarta-feira, julho 17, 2002:

Grandes mudanças estão acontecendo...
Vicente Magno // 4:08 da tarde

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segunda-feira, julho 15, 2002:

Forró com os mauricinhos...

Sexta, antes do Perrengue Garanhuns, acabei indo pra Fashion Club, a boate dos mauricinhos locais, ia ter forró por lá. Uma banda de forró mecânico, algo que não diferencio bem do brega, chamada Roda de Saia, Saia de Roda, Saia Rodada ou algo perto...

Claro que dancei, mas mesmo assim é difícil encontrar parceiras aqui. As meninas são cheias de não-me-toques. Fala sério. No Rio é só esticar a mão que aparece uma parceira, mas aqui... Xi... Elas preferem os caras já conhecidos, ficam se roendo de vontade de dançar, mas não se permitem 'cair nas mãos de um aventureiro'... Problema o delas. Hehe.

Claro que não fui pra lá sozinho, quer dizer, até fui, mas pra encontrar pessoas previamente conhecidas. Nesse caso foram duas amigas do Ricardo, Renata e Carol. As duas são gente fina. Louquinhas, saudavelmente louquinhas. :-) Graças a elas conheci um maluco que é praticamente meu vizinho. Justo na hora que ia começar o perrengue 'volta pra casa', com mais uma aventura pra eu dormir na condução e acordar sabe-se lá onde.


Realidade paralela

As bandas sãos coisas curiosas, têm trocentos cantores e outros trocentos bailarinos... as vezes aparece cada menina...

Mas o repertório é definitivamente algo ímpar, de uma realidade paralela. Rolam umas versões de músicas norte-americanas que peloamordeDeus! Tipo: “Como uma virgem... tocada pela primeira vez”... É, versão de "Like a virgin", da Madona. E a voz da cantora super emocionada com os versos... Outra música que marcou os ouvidos tem um refrão “A, A, A, A, A, A, A, A / Ô, Ô, Ô, Ô, Ô, Ô,Ô/ Ô, Ô amor”.

É algo! Uma experiência impagável!!!

Mas algo que chamou a atenção foi o fato de o público ali ser justamente dos boyzinhos bem nascidos e dos que almejam tirar onda boyzinhos. No Rio o público desse show seria unicamente a colônia nordestina. País curioso esse em que acabei nascendo...

Vicente Magno // 6:01 da tarde

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E por que não outra vez? "Enquanto houver Deus no céu, urubu não come folha/ Enquanto houver Deus no céu, vou cantando numa boa/ Enquanto houver Deus no Céu, urubu não come folha/ Enquanto houver Deus no céu, vou cantando, gente boa".
Vicente Magno // 6:01 da tarde

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A volta

Pra sair do parque onde estavam rolando as paradas me perdi. Óbvio. Uma neblina cerradíssima e um bosque. Me perdi, com muito orgulho, com muito amor, ô, ô, ô. Quando me deparei com uma maternidade percebi não sairiam ônibus de Recife dali.

Procurei voltar o caminho que fiz e acertei. Peguei um opção diagonal. Deu certo. Cheguei com uma precisão garanhunsiense (é assim o gentílico de quem nasce lá?). Comprei a ÙLTIMA passagem para o ônibus das 6h30 que partia para o Recife. A última sentada, diga-se de passagem, pq meio mundo entrou naquele ônibus.Todo mundo em pé. Claro que os camelôs aparecem pra vender sanduíche natural e queijo coalho dentro do carro.

Detalhe: Por obra divina o preço da passagem de volta era R$4 mais barato que a vinda. Perfeito. Ia dar pra chegar me casa!

Já cansado peguei o ônibus de volta, dormindo como sempre, mas agora com Paulinho da Viola nos ouvidos. Enquanto a ida foi de 3h30 a volta foi 4h. O bunda-rachada do motorista passou por mais cidades ainda que na ida. Foi bom pra dormir.

No TIP outra vez liguei pra Luciana, que tinha acabado de chegar a Maceió. Disse a ela “P q tu não me ligou?”. “Poxa, Vicente, os telefones não completavam ligação nenhuma”, respondeu. Td bem, acredito. Ela tem crédito.

Mesmo assim valeu. Aí já era merreca: um metrô e dois ônibus. Merreca pra mim depois dessa noite. Ainda cheguei em casa e fui comer fora com Marcelo e Iara.

Preciso de mais sábado assim por aqui.

Vicente Magno // 5:58 da tarde

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A noite começava a acabar

Sabe o show do Cidade Negra que levou milhares de pessoas até lá? Não rolou. Sei lá pq, disseram que os caras não conseguiram aterrissar por conta da neblina. Ok, eu só foi pra lá de molecagem mesmo. Na realidade o show que eu queria ver era o do Silvério. Esse foi do caralho.

Quem não foi embora após o comunicado oficial de que o show do CN não rolaria, foi pra onde rolava o forró. Ah, muleque. Isso foi maneiro. Logo atrás de onde rolava o forró existia o que eles chamam de a pirâmide, uma tenda onde rolava música eletrônica, hip hop, e o escambau.

Ficamos circulando entre um palco e outro. Uma hora dançava lá, outra hora dançava cá. No forró pegamos umas minhoquinhas pra dançar, na pirâmide ficamos pulando como pipoca normalmente. A essa hora eu nem lembrava mais que fazia frio lá. Tava com os dois casacos na cintura, camisa do Flamengo e toca. Se D. Glória me visse assim ia ter um treco...

Quase às 5h, no forró, dancei com uma puruquinha e perdi o parceiro Cleidson. Quando já ia dar unas 5h pensei em ir comprar logo minha passagem de volta, afina de contas, o perrengue e a diversão ainda não acabaram...

Vicente Magno // 5:51 da tarde

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E mais perrengue

Meia noite e uns quebrados ponho os pés pela primeira vez no agreste de Pernambuco. Desço na rodoviária e vou procurar onde está acontecendo os shows. Até essa hora Luciana ligou pra mim? Ligou nada... E fiquei bolado? É ruim! Essa possibilidade obviamente já tinha sido cogitada...

Após ter me informado pra onde devia seguir desceu do ônibus um maluco que embarcou em Caruaru. A peça era ímpar: boné azul, camisa de linha preta de manga curta, luvas pretas e um capacete na mão! Pois bem, o cara perguntou se eu sabia pra onde tava indo e disse “Claro, vem comigo. O policial disse que a parada rola pra lá”. Fomos.

Fomos conversando, falando asneiras, bobagens, olhando as meninas que passavam... Perguntei sobre a moto e o cara mandou. “Pô, véi, deixei em Caruaru. Fiquei com medo de ser parado em blitz”. Ok, né, deixa quieto.

O cara conhecia pelo menos um terço das milhares de pessoas que passavam pela gente na festa. Pensei “pronto, se a porrada estanca aqui eu falo que to com ele, das duas uma: ou to safo, ou morro de uma vez”. Graças a Deus não foi preciso apelar pra isso, mesmo pq não vi uma confusão sequer.

Um frio polar descia. O que beber? Claro! Red Bull com uísque, a coisa mais perfeita para essas ocasiões. Após algumas doses percebo que meu dinheiro não vai dar pra voltar. Hehe. O perrengue só melhorava, mesmo pq eu não vi nem sinal de Luciana e suas amigas por lá.

Depois de três horas circulando pela cidade, no meio do show do Silvério Pessoa lembrei de uma coisa. Não sabia o nome do parceiro figura de Caruaru. Perguntei, né. Cleidson era o nome. Boniiiiiito que só. Pais de bom gosto tem o cara.

Comentei com a peça que era hora de parar de beber pq ia ficar sem grana pra voltar pra Recife e ele mandou uma pérola. “Se liga não, qq coisa eu enfio a chave numa moto aí e a gente vai até Caruaru. Eu deixo a moto e vc por lá”. Ah, ta. Show de bola. Ainda bem que eu era força amiga de Cleidson àquela hora. Ih, o cara aí.

Vicente Magno // 5:44 da tarde

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Comanche

Jorge (Salve Jorge!) gravou uma música nos idos do século passado chamada Comanche, onde existe o verso "Enquanto houver Deus no céu, urubu não come folha/ Enquanto houver Deus no céu, vou cantando numa boa/ Enquanto houver Deus no Céu, urubu não come folha/ Enquanto houver Deus no céu, vou cantando numa boa". Esse foi o hino do meu Perrengue Garanhuns.

Vicente Magno // 5:24 da tarde

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A ida

A decisão de ir pra lá foi rápida. Ricardo disse que possivelmente iria e tal, mas quando começou de nhém-nhém-nhém achei melhor pegar minhas coisas e pegar o rumo da rua.

Em dez minutos me arrumei: Calça cargo azul, camisa do Flamengo (que eu já vestia, pois era dia de jogo), pulôver vermelho e um casaco azul maravilhoso para frio. Some-se a isso minha toca listrada (vermelho e azul marinho), três CD’s duplos (O Rappa, Paulinho da Viola e Jorge Bem), mais o disc man (Claro, seis CD’s sem ter onde ouvir é ridículo).

Até chegar à Rodoviária, ou TIP (nome meio fresco, mas que significa Terminar Interalgumacoisa de Passageiros) foram quase duas horas. Dois ônibus e um metrô. O metrô daqui parece o ramal Deodoro do Rio. Neguinho construiu um terminal rodoviário looooonge que dói. Nunca na minha vida conheci uma rodoviária tão longe de tudo (e olha que conheci rodoviárias pelo país inteiro).

Só consegui pegar o ônibus das 20h30, com previsão de chegada a Garanhuns a meia noite. Perfeito! O perrengue estava materializado na minha frente. Era só aproveitá-lo e torcer pra vencê-lo.

Fiquei de bob algum tempo na rodoviária. Parte o ônibus e lá vou eu. Sentadinho, ouvindo meu Jorge Bem (“Salve Jorge!”). Mas pra ficar melhor, sobem vários matutos que vão viajar em pé e param ao meu lado. Claro. Não havia lugar melhor pra eles. Falam coisas numa língua incompreensível durante um bom tempo até que eu chapo de sono. Mas acordo em alguma cidade da Zona da Mata ou sei lá onde com um cara vendendo salgadinho e suco de laranja ao meu lado! No meio do corredor dum ônibus de carreira!!! O perrengue estava cada vez melhor!

Até chegar ao destino foram uns quatro ou cinco vendedores assim no ônibus. Sensacional.

Vicente Magno // 5:21 da tarde

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Garanhuns? O que é Garanhuns?

Garanhuns é uma cidade que fica lá pra dentro de Pernambuco, terra natal do Lula, meu candidato à presidência DE NOVO. Não imaginava que esse estado tivesse um lugar tão frio.

O site da prefeitura de lá diz o seguinte: Situada no Planalto da Borborema, mas especificamente no planalto de Garanhuns, à 896m acima do nível do mar, chegando à 1.030 m de altitude no seu ponto mais elevado, Garanhuns, principal município do Agreste Meridional de Pernambuco, vista apenas 230 km da capital do Estado e tem uma área de 493 km2.

Por conta de privilegiada localização geográfica, em cima de sete colinas (Monte Sinai, Triunfo, Columinho, Ipiranga, Antas, Magano e Quilombo), este município vive em clima de montanha , com temperatura média anual de 21º C, variando entre 9º no inverno e 25º em pleno verão. Os meses mais frios vão de maio à agosto. A Umidade relativa do ar é elevada atingindo a média de 80%.



Vicente Magno // 5:06 da tarde

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Sábado - O perrengue

Adoro perrengues. É meu hobby favorito. Safáris urbanos me fazem feliz. Até a sexta eu tinha posto na cabeça que iria até Maceió, mas justo a pessoa com quem eu faria social, Luciana, ia trabalhar no domingo. Pois bem, além de trabalhar no domingo Luciana surtou e pôs pilha no Vicente pra ir em Garanhuns no
Festival de Inverno, ia ter entre outras coisas, Cidade Negra e Silvério Pessoa. Pois bem, Vicente acaba se rendendo e vai pra lá.

Combinamos de nos encontrar lá, ela iria numa excursão saindo de Maceió e eu iria na minha incursão Pernambuco adentro saindo de Candeias, em Jaboatão. Luciana ligaria pra mim assim que chegasse à cidade e nos encotraríamos. Pois né, nos encontraríamos...

Vicente Magno // 4:59 da tarde

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Estou numa fase Tudo me diverte.
Vicente Magno // 4:59 da tarde

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Um fim de semana feliz, com perrengues de sobra... Adoro isso...


Vicente Magno // 4:20 da tarde

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