Enfiado na lama

sexta-feira, junho 21, 2002:

São João

Esse fim de semana é o de São João. Rolam festas por todo o canto. Se eu sobreviver, registro o que fiz na terça-feira, pq segunda é o dia do santo supracitado e rola feriado por esse estado aqui.

Vicente Magno // 5:35 da tarde

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Dor de cabeça

Acho que bebi demais...

Vicente Magno // 4:02 da tarde

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Um dia ainda me lasco

Sempre que faço coisas pelas madrugadas do Recife acabo da mesma forma. Durmo no ônibus, kombi, van ou sei lá o quê e vou parar nos lugares mais estranhos da Região Metropolitana... Já fui parar em Jardim Piedade, Don Helder, Catamarã e a última vez (essa manhã) fui até Barra de Jangada. O legal desses lugares, é que boa parte da galera que conheço aqui mal sabe que algun deles existem e sequer puseram os pés nesses lugares. Esse sou eu armando meus pequenos safáris urbanos...

Vicente Magno // 3:59 da tarde

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Salomão, meu quase-irmão

Em um réveillon bem das antigas estava na casa do Léo, quando ainda era no Grajaú. Após escutar vários estrondos de fogos comentei com a mãe do Salomão, tia Iara, que meus pais contavam uma história de trocentos anos atrás, quando eram todos moleques em Guadalupe e o paiol do Exército, que ficava em Deodoro, bairro adjacente, explodiu. Reza a lenda que foi muitíssimo barulho e tal.

Tia Iara lembrou do fato, ela tb morava em Guadalupe naquele período. Após isso veio a coisa mais desconcertante e surpreendente da noite: ela me olhou e perguntou se eu era filho do Carlos Magno. Claro que sou, Vicente Magno é filho de Carlos Magno, o seu Carlos. Aí veio a bomba: "Vc parece com ele, é que fomos namorados na adolescência".

Como assim? A mãe de um camarada da faculdade foi namorada do meu pai quando adolescentes? Fala sério! Que mundo ovo!

Vicente Magno // 3:42 da tarde

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Mais lembranças

Enquanto universitário, sempre assistíamos aos jogos juntos, mas o primeirão foi um Bulgária e Nigéria, estréia dos africanos na Copa.

Bené, Léo, Carlos (o que terá sido feito dessa peça?), Anderson, Luciano, Pacha, Chrisna, Vivi Queridos, Ana e eu enfurnados no quarto do Breguelé que sempre foi metido a ser músico e tocava violão quase toda a hora. Enquanto todos apostavam em uma vitória dos europeus, lá ia eu com meu bom e velho discurso do orgulho negro e não deu outra. Vencemos a partida enquanto Bené tocava seu violão com sua marca, a boca aberta... Junho ou julho de 1994. Faz tempo...

Vicente Magno // 3:34 da tarde

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Breguelé e Salomão

Dois grandes amigos me escreveram e acabaram por fazer meu dia melhor. É bom ser lembrado, é bom pra burro.

Breguelé, vulgo Bené, lembrou da nossa estada na Encruzilhada em 93... Enquanto eu, ele, e Roberto estávamos perdidos por aqueles lados do Recife debaixo de chuva, os dois assobiavam a Ponte do Rio Kwai... Naquela época nem passava pela minha cabeça morar aqui.

Salomão, que nunca responde e-mails, surtou e mandou mensagem pra mim dizendo que até vai vir até aqui. Demorô!!! Chega mais, quase-irmão, que te ponho na fitas das paradas maneiras daqui.


Vicente Magno // 3:07 da tarde

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Fazer social é o que falta!

Acho que começo a entender o que acontece comigo. Quando cheguei ao Recife tava muito na boa, tudo me divertia (e ainda diverte), mas após o Corpus Christi, quando Paula esteve aqui comecei a ficar mal, bem mal. Com uma saudade mega, uma sensação de solidão muito hard, mas acho que identifiquei a parada.

No Rio era um cara cercado de gente, conhecia mó galera em tudo quanto é canto. Afinal, são 25 anos circulando entre Bangu e o resto do mundo. No Recife tudo mudou de figura, não conheço tanta gente, os amigos estão distantes... Logo o que me faz sofrer é carência de social!!! Somente e apenas isso, mas como o povo aqui não é tão expansivo como os cariocas, isso vai ficar um pouco mais difícil.

Eu quero fazer social! Fazer social salva o humor do Vicente!

Vicente Magno // 2:59 da tarde

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Tive medo

Depois de ver tantas seleções jogando de azul pegando o caminho de casa fiquei bolado ao ver o segundo uniforme da seleção ser usado. Nada contra, na minha opinião ele é mais bonito que o amarelo (até mesmo esse modelo ridículo que a Nike criou pra essa copa). Pô, rodaram Itália, França, Argentina e Uruguai, todo mundo azulzinho... Quando o Owen meteu aquele gol esse pensamento voltou com força total, mas como Deus é brasileiro e se amarra num futebol tb, a sorte tava do nosso lado. Ah, muleque...

Vicente Magno // 2:54 da tarde

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Que madrugada, hein!

Tô feliz e não matei nenhum capitalista cachorro. Foi ótimo ver o time do Felipão ganhar da Inglaterra. Sensacional! Maravilhoso. Os manés jogaram como campeões, foi a primeira vez que esse time me convenceu. Deu até vontade de chorar, e olha que não sou de chorar.

Assisti o jogo com Guto no Tepan mesmo, na Encruzilhada. Enquanto eu apostei em um resultado de 2 a 0 a nosso favor, o mané chutou um 2 a 1 de virada. Não é que acertou? Blz. Gosto assim. O negócio é esperar até quarta-feira pra ver se rola a final mesmo. Uma coisa eu tenho que admitir, ver a seleção brasileira chegar a três finais seguidas de Copa do Mundo é mais do que eu podia imaginar quando comecei minha paixão por essa coisa em 1982.

Vicente Magno // 2:51 da tarde

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quinta-feira, junho 20, 2002:

Já estive na Encruzilhada

Esse bairro foi o primeiro lugar de Recife onde pus o pés. No idos de julhos de 1993, ainda etudante da boa e velha FCS/Uerj, fui alojado por lá junto com uma orda de estudantes loucos de Comunicação. O lugar era uma escola técnica, o ETEPAM. Nome que gerou vários trocadilhos naquela época.... Foi uma semana hard, mas isso eu escrevo outra vez.

Após nove anos fui descobrir o que quer dizer esse tal de ETEPAM = Escola Técnica Estadual Agamenon Magalhães. Não sei o que esse tal de Agameno fez, mas o cara é nome e rua, ponte, avendia e o escambau. Deve ter apitado muito por aqui, pq pra ganhar nome em tanta coisa, índio baixo ele não foi.

Vicente Magno // 2:52 da tarde

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Vou pra Encruzilhada

Encruzilhada é um bairro aqui onde, reza a lenda, fica um bar, restaurante, ou sei lá o quê, maneiro. O Tepan. Guto, garoto de Inhaúma, ex-veterano, e pessoa recém-encontrada por essas plagas me chamou pra ver o jogo lá. Que a Força esteja conosco, pq ir pra um lugar chamado Encruzilhada.... Sei lá.

Vicente Magno // 2:49 da tarde

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Brasil x Inglaterra

Hoje recebi um e-mail de um grande camarada, meu quase irmão, Léo Salomão. Salomão convidava a galera pra ver o jogo juntos. Pois é, não vai ser possível dessa vez. Lembro que na copa de 94 éramos estudantes e assistíamos vários jogos juntos. O jogo das quartas-de-final com o antológico 3 a 2 sobre a Holanda. Foi a primeira vez que o povo da faculdade de prestou a sair das suas casas na Zona Sul ou Norte do Rio pra encarar muito chão até minha casa carioca, ali em Bangu.

Após isso ainda vimos todos os jogos da Copa de 98 juntos e com o Anderson e as vezes o Goiano, todos trabalhávamos perto.

Mas hoje não vai dar pra fazer nada disso... Que pena.

Melhor, na Copa de 2006 vou lembrar como foi assistir o Brasil ganhar o ingleses estando em Recife. Hehe.

Vicente Magno // 2:43 da tarde

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Post para Lucyanna

Lucyanna reclamou não ter sido citada aqui. Lucyanna, olha teu nome aqui! Tcharan! Mas eu não posso deixar de registrar que com Y e dois Ns é um nome muiiiiiiiito fresco, mas tudo bem. A menina é maneira e tb tá no meu rol de amigos pernambucanos.

Vicente Magno // 12:19 da tarde

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Blog da Patrícia

Ontem Patrícia Tesch pôs seu blog no ar. Ela é uma figura, começou a estudar Comunicação e cansou. Foi pra Administração, formou-se, começou a trabalhar, mas cansou tb. Agora ela surtou, quer ser artista plástica. Dou a maior força. Patrícia Tesch foi a pessoa que deu o último empurrãozinho pra eu criar o meu diário eletrônico. Roberta Podrona deu o primeiro empurrão.

Ah, a Patrícia escreve muito melhor que eu, que sou um mero juntador de palavras. Ela tem algo mais artístico e é irmã de Luciane, uma das poucas personagens do meu segundo grau que continuaram por perto pra tocar histórias comigo.

Vicente Magno // 10:18 da manhã

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Colônia carioca

O número de cariocas conhecidos na cidade está crescendo. Já somos cinco (Eu, Marcelo, Adriana e seu respectivo e Guto). Logo, logo vamos ter um colônica carioca por aqui, aí vai rolar feijoada, baile funk, pagode de mesa, jogo do Flamengo, bateria de escola de samba e o escambau. Ah, muleque.

Vicente Magno // 8:08 da manhã

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Zona Oeste na área!

Ontem liguei pra nova Adriana, minha conterrânea. Só que a coisa ficou melhor do que eu esperava. Além dela morar em um bairro adjacente ao meu em Jaburação dos Guararapes a peça conhece tem origem em Realengo!!! É Zona Oeste do Rio na área! Adriana ainda conhece os costados do PL (Parque Leopoldina), lugar santo onde os Cardoso habitam a casa de cor pêssego construída por Seu Carlos. E quem entrar numa de dizer que a casa é rosa que discuta com o próprio Seu Carlos e se sobreviver me diga o que rolou.

Vicente Magno // 7:56 da manhã

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Cagadas

Ainda ando fazendo cagadas por aqui, mas com o tempo vou entrar nos eixos. Espero.

Vicente Magno // 7:50 da manhã

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Mico

Hoje quando eu vinha para o trabalho passei por um ônibus ali pelo bairro da Torre, onde havia um bus door. Até aí, tudo normal. Mas quando vou ler é uma anúncio sobre uma rifa. Uma rifinha braba de dez reais pra ajudar o Clube Náutico Cabibaribe. Ridículo!

Pra contextualizar: O Náutico vive tirando onda por ser o tim da elite, dos bem nascidos do Recife e cria uma rifinha pra arrumar fundos!!! Mico!!! Micão!!! Impressionante como esses péla-sacos perderam a noção do ridículo.

Clube que tira onda que tem torcida de grana e fica mendingando 'dérreal' merece a execração pública! Fala sério.

Vicente Magno // 7:42 da manhã

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quarta-feira, junho 19, 2002:

Aniversário

Hoje é o primeiro aniversário do Enfiado na Lama. Parabéns pra vc, companheiro. Já tem uma semana de vida.

Vicente Magno // 5:07 da tarde

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Uma coisa muito legal

Hoje abri minha cx de e-mails e tinha uma msg de uma pessoa que nunca vi. Uma carioca que mora aqui em PE no mesmo bairro que eu e que tomou conhecimento do meu bloguezinho através do de Robertão. Vou colocar o blog da Adriana na listinha que Roberta-podrona criou pra mim. Show de bola, valeu conterrânea.

Vicente Magno // 3:54 da tarde

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E sem copa

Que chato, é o primeiro dia do mês sem um joguinho de futebol. Assim a vida fica chata. Eu quero futebol!!! Eu quero Copa do Mundo. O negócio é esperar até sexta pra ver o que dá a parada contra o English Team.

Vicente Magno // 3:44 da tarde

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E ela não pára

Hoje tô meio triste, tb pudera, não pára de chover. São Pedro, tudo bem que a festa é de São João nesse fim de semana, mas dá uma trégua aí!

Quero ir pra Caruaru, pus isso na cabeça. Tenho hoje e amanhã pra cavar isso, a luta continua e acho que dá pra conseguir arrumar uma fita pra eu entrar.

Vicente Magno // 3:40 da tarde

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terça-feira, junho 18, 2002:

Alfaia

Tenho que aprender a tocar alfaia! Se JC quiser antes de voltar ao Rio ainda vou dar um jeito de aprender a tocar esse simpático instrumento esporrento. Sinistro que fiquei sabendo que uma boa alfaia custa a bagatela de 250 pila... Imagina a quantidade de cerveja que eu tomo com essa grana... Sei não... Mas eu me viro e dou um jeito.

Vicente Magno // 4:27 da tarde

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Eles vendem fogueiras na calçada!

Andar pelas ruas e ver camelôs ou barraquinhas vendendo coisas é normal nas cidades grandes, mas nesse período já fiquei impressionado como os caras põe fogueiras (apagadas, claro) na beira das ruas e vendem. Já vi dois lugares onde é possível comprar a paradinha com a lenha devidamente empilhadinha por 15 pila. Sensacional!!!

A tradição manda que se acenda a fogueira na noite de São João. Iara já me contou que rolou vezes em que os aeroportos de Campina Grande e de Caruaru (ou um ou outro) foram fechados por conta da quantidade de fumaça no ar geradas por essas fogueiras domésticas.

Tô ansioso pra ver isso acontecer. O valor que esse povo dá ao São João é tão grande, que eles trocaram o feriado de Corpus Crhisti por ele. Logo, dia 24 é feriado aqui. Ou seja, esse fim de semana é feriadão pra mim. Vou dançar forró até acabar com a sola do pé. Ah, muleque...

Vicente Magno // 3:46 da tarde

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São João é coisa séria

Ao contrário do se acostumou a ver no Rio nos dias de hoje, as festas juninas aqui são coisas de fortes raízes culturias. Lembro que nos subúrbios do Rio já quase não se escuta as músicas tradicionais dessas festas, a galera prefere pagode, funk e sei lá mais o quê. Nada contra esses ritmos, mas acho que estão fora de lugar.

Aqui a banda toca de outra forma, é o forró que manda. Tudo bem que existe o bom e velho forró pé-de-serra que eu tanto gosto, mas tb rola aquele forró mecânico pentelho. Pior, esse forró mecânico é primo do brega, algo a-do-ra-do por esses lados do país.

Assim como nos subúrbios cariocas rolam concursos de quadrilhas, as estilizadas e as matutas (que eu aprendi a chamar desde criança de capira). As cidades do interior se mobilizam pra fazer seus arraiais e tal. Aqui no Recife dizem que os mais maneiros são o do Recife Antigo e o do Poço da Panela, lá em Casa Forte. Algum deles eu devo ver como é.

Mas o que eu tô na pilha mesmo e ver qual é em Caruaru. O povo aqui diz que rola um esquema tipo Olinda, como já passei o carnaval nessa cidade história três meses e achei o máximo, tô curioso pra ver como a coisa acontece por lá.

Vicente Magno // 3:41 da tarde

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Valorização da cultura e valores locais

Isso eu acho do cacete. Os caras valorizam sua cultura regional, seus personagens, festas, folguedos e o escambau. Isso é lindo, muito lindo e tiro o chapéu. Não é normal encontrar pelo Brasil um povo que valorize com tanto gosto os seus artistas populares e ritmos regionais. Dessa valorização saiu o movimento mangue nos anos 90 que hoje anda sem cara e dá a impressão que vai murchando aos poucos.

Vicente Magno // 3:23 da tarde

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'Pernambucocentrismo'

Esse povo daqui diz que não é bairrista, né. Mas vivem se colocando como os melhores em tudo. Se acham os bambambans na música, nas artes, na política e agora nos esportes. Pera lá, vamos com calma.

É certo que Pernambuco é um lugar de onde saíram grandes cabeças, mas dizer que as melhores são originárias dessas terras é meio exagerado. Essa terra já pariu gente da mais alta estirpee como Gilberto Freire (é com y ou com i? prefiro com i), Joaquim Cardozo (que é ponte, prédio e o escambau por aqui), Nelson Rodrigues (que foi criado na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro), Josué de Castro, Lenine, Antônio Nóbrega, Chico Sciense e por aí vai.

Será que os demais que nasceram em outras partes do Brasil não têm a mesma importância? Esse discurso usado por eles até parece aquele sectários dos gaúchos.

Vicente Magno // 3:12 da tarde

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segunda-feira, junho 17, 2002:

Garfaram o Bangu

Judaria. Começo a ter ódio do tricolor carioca. Os caras garfaram o simpático time do meu bairro na final de 85. Ou melhor, aquele judar fura-olho do Wright garfou. Em 2002, nesse campeonato estadual ridículo o Fluminense tem a pachorra de carcar o Bangu outra vez. Tomara que percam, cambada de filho de quenga.

Vicente Magno // 6:15 da tarde

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O porquê do nome

Essa música aí foi composta por Lúcio Maia, Dengue e Chico Science e foi gravada em um dos melhores CDs que o pop rock brasileiro já viu, o Afrociberdelia, que foi pra ruas em 96. O último CD do Chico vivo, uma pena uma cara desses ter vazado desse mundo, mas fazer parte, né. É fim que eu vou ter tb daqui a algum tempo, só espero morrer na minha terra natal.

Voltando... A idéia de botar essa essa frase como título do blog veio dessa música. A intenção nem é falar de como chove por esses lados do NE nesse período do ano, mas citar e lembrar de uma música que chegou a ser quase que um hino dessa galera daqui. E acho que Manguetown fala de como se está envolvido com esses cantos.

O objetivo do nome não é fazer um lamento, mas demonstrar uma vontade de realmente estar envolvido por isso aqui. E a lama faz parte dos mangues, a maior identidade ambiental da cidade. Tem mangue desde os subúrbios até o Centro da cidade. Recife é um lugar nascido entre rios em um estuário, daí a freqüência em encontrar os tais mangues e a tal lama por vários cantos da cidade.

Vicente Magno // 5:54 da tarde

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Manguetown

Estou enfiado na lama
é um bairro sujo
onde os urubus têm casas
e eu não tenho asas
mas estou aqui em minha casa
onde os urubus têm asas
vou pintando, segurando as paredes do mangue do meu quintal
manguetown
andando por entre os becos
andando em coletivos
ninguém foge ao cheiro sujo da lama da manguetown
andando por entre os becos
andando em coletivos
ninguém foge à vida suja dos dias da manguetown
Esta noite sairei
vou beber com os meus amigos
e com as asas que os urubus me deram ao dia
eu voarei por toda a periferia
vou sonhando com a mulher
que talvez eu possa encontrar
e ela também vai andar
na lama do meu quintal
manguetown

Vicente Magno // 5:38 da tarde

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Tem negão em tudo quanto é time!

Além dos países africanos, lógico, tem uns criolos jogando bola em seleções nunca dante imaginadas. Tem negão jogando na Bélgica, na Polônia e até na Alemanha!!! Fiquei bolado, crioulo germânico é sensacional. Tb tem o Larson (que tinha dreadlocks nas últimas copas).

Vicente Magno // 4:27 da tarde

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"Diz povão, Senegal região"

Show de bola. Os caras são da minha cor e jogam bola. Viva o orgulho negro. Td bem que Nigéria e Camarões ficaram de bob e nem passaram da primeira fase, mas é muito bom ver os senegaleses jogando sem grilo, sem soberba e sem salto alto. Eu torço por eles e fico feliz. Só quero ver se realmente rolar um Brasil e Senegal. Tenho medo de ver os caras ganhando o tipe do Felipão.

O melhor de tudo é que a galera da melanina ganhou o que seria o máximo da branquitude, a Suécia. Hehe. Dois a um, de virada e na prorrogação é muito bom.

Melhor, companheiro iguaçuano Kayo Iglesias ainda lembrou daquela música da Banda Reflexus... "Ilha, ilha do amor/ Madagascar/ Ilha, ilha do amor/ Farol veio de lá, Danda cali povo de Dacar/ Diz povão, Senegal região". Tudo bem que não sei se essa é a letra de verdade, mas só pela lembrança vale registrar. Cada lembrança trash que pinta na cabeça da gente...

Vicente Magno // 4:12 da tarde

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Parece São Paulo

Sábado. Todo mundo com o dia livre. Tá chovendo pra burro. O que fazer? Vamos almoçar no shopping, né. Pois é, metade de Recife teve a mesma idéia. Até pensei que estivesse em São Paulo, imagina, todo mundo no mesmo lugar? Fala sério...

Vicente Magno // 2:58 da tarde

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Por falar em APR...

Esse ano o festival fez anos e lá estava eu pra saber como é esse que é o maior festival de música pop do país. Sabe o que eu achei? Meia bomba toda a vida. O lugar é legal, mas as atrações deixaram a desejar. O show que mais gostei foi o da Fernandinha Takai, que é muito fofa, o Pato Fu fez aquela coisa bem produzidinha de sempre. Teve o Tom Zé mandando super bem e tendo um infarto depois do show. E o Mundo Livre com o seu show competente. Fora isso... nada a destacar.

Ou melhor, tem os destaques negativos. Paulo André, produtor e dono na parada não quis trazer o Jorge Ben pq ele tinha tocado de graça no carnaval!!! Fala sério. Coisa de bicha afetada! O cara faz shows de graça na praia e depois lota o Metropolitan no Rio e um mané que se acha o produtor musical da cidade faz beicinho pq um dos maiores nomes da música brasileira fez um gratuito. Morra!!! Morra duas vezes.

Mas o pior não foi isso. Após nove anos de patrocínio da Skol o meu primeiro Abril Pro Rock foi regado a Kaiser!!! Fim de carreira. Todo castigo pra corno é pouco. Como diria coponheira Carmen: "ninguém merece".

Vicente Magno // 2:29 da tarde

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Isso aqui é um diário eletrônico criado por um carioca que saiu do Rio e se mudou pra Recife só pra ver qual é.

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