Enfiado na lama

sexta-feira, junho 14, 2002:

Testículos de Mary

Robertão, pessoa podrona de quem muito gosto, mandou um e-mail me perguntando sobre essa banda, se eu conhecia e tal pq os caras iam tocar na Loud!. Conheçco, né. Eu fui ao Abril Pro Rock na noite em que os caras se apresentaram. Fiquei meio surpreso porque os caras abusam da agressividade visual. Não sei se são bichas de verdade, mas representam boiolas sobre o palco com uma fúria impressionante.

Trocando em miúdos: eu não iria à Loud! só pra ver os caras e nem sei de onde saiu a idéia de que eles foram a revelação do festival.

Vicente Magno // 6:09 da tarde

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Mais coincidências

O nobre companheiro carioca, além de ter estudado na mesma faculade no Rio, ainda foi estagiário do lugar onde vim trabalhar. Eita mundo doidão.

Vicente Magno // 12:54 da tarde

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Coincidências que pintam na vida da gente

Uma bela noite de quinta-feira estava eu e Afonso na Quinta NP (Night da Pesada), uma festa que rola no Espaço Jaime Arôxa, lia no Recife Antigo, e onde geralmente rolam umas bandas locais maneiras. Pois ela estava lá eu e o Mestre (como gosto de chamar o Afonso) e vejo um moleque com os cornos conhecidos. Fiquei pensando: "de onde conheço essa peça". Depois de um tempo lembrei que o cara era da Uerj. Surreal. O cara foi meu veterano em 1993 no décimo andar do Pavilhão João Lyra Filho onde fica a faculdade que me ajudou a virar um jornalista.

Chamei o cara e perguntei. "Aí, tu não é do Rio? Tu não estudou na Uerj?". Haha. A cara de supresa dele foi maneira. Realmente, o indivíduo foi da mesma turma que trouxe ao mundo os famigerados e saltitantes Demônios do 10. Mesmo não jogando lhufas de futebol vez por outra tinha ido às peladas promovidas pela galera e já havia conversando com o cara.

Estranho esse mundo que promove um encontro desse tipo de um cara como eu, criado em Bangu, e de outro, originário de Inhaúma. É o subúrbio carioca abrindo seu espaço no Recife. Fizemos o caminho inverso dos retirantes.

Vicente Magno // 12:51 da tarde

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Solidão, mas nem tanto
Eu fico falando em solidão, em sentir falta da família e dos amigos e acho que acabo não me dando espaço para me apegar mais a essa nova realidade pernambucana. Desde que cheguei aqui já criei novos camaradas. Além da Iara (uma mulher sensacional e minha conhecida há anos), Itamar (designer mas gente fina) começaram a fazer parte do meu cotidiano outras peças como Marcelo (outro morador da República dos Cães Sem Dono), Afonfo (ex-professor da Iara e já grande parceiro), Ricardo (cara que de estagiário passou a ser outro parceiro), Shirley e Juliana (dois amores de meninas que já adotei pro rol dos meus amigos) e por aí vai.

Claro que não se compara a um lugar onde passei 25 anos da minha vida com o Rio, mas já é um bom começo.

Vicente Magno // 12:41 da tarde

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quinta-feira, junho 13, 2002:

Quero forró

Chega o fim de semana e estou numa pilha pra dançar forró. Quero forró. Quero forró. Quero forró!

Se tudo der certo, amanhã vai ter bate-coxa.

Vicente Magno // 7:51 da tarde

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Por falar em México

Hoy por la mañana nuestros hermanos mexicanos hicieron un gran partido. Mas os manés foram incapazes de eliminar a Itália. Só fico com medo de ver a Azurra fazer o mesmo que em 82 quando saíram de um grupo com Camarões, Peru e Polônia por sorteio.

Deu gosto ver uns lances dos mexicanos, mas no finzinho da partida os caras (tanto mexicanos quanto italianos) pagaram o maior mico que eu já em em Copas do mundo. O juiz, aquele fura-olho do Carlos Eugêncio Símon, que robou o time do ladrão do Luiz Estevão na final da Copa do Brasil desse ano, deu quatro minutos de acréscimo. Como ambas as equipes já sabiam que o resultado era bom pra duas tocaram esqueceram o jogo. Uns quatro mexicanos tocaram bola na sua intermidiária. Três minutos fazendo isso enquanto a Azurra de braços cruzados assistia! Fala sério!!!! Ridículo. O pior é que um time desses pode se tornar o campeão mundial.

Vicente Magno // 7:36 da tarde

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Não deu pra segurar

Vinte minutos antes do jogo começar já estava acordado, mas constrangido de ligar a tevê. Mas após dez minutos de jogo rolou o primeiro gol. Tá bom que fiquei na cama. Varei pra sala e pronto. Tevê ligada. Deu pra ver o segundo, o terceiro, os gols da Costa Rica e depois os quarto o quinto. Um fim de madrugada e um início de manhã feliz. Pela primeira vez senti firmeza no time do Scolari.

Tb pudera depois de assistir a soberba derrubar nuestros hermanos argentinos et les bleus. E assistir aos amarelinhos do seu Luiz Felipe jogaram com aplicação e muito mais vontade qeu no jogo contra a China. Jogo o qual me deu raiva pq poucas vezes vi onze jogadores com tanta preguiça de jogar futebol.

Td bem, acho que a coisa tende a melhorar e até já imagino o Brasil campeão desse torneio que chama atenção de todo mundo. Mesmo assim eu vou torcer pelos bons e velhos países de terceiro mundo como Senegal, Paraguai e México.

Vicente Magno // 7:26 da tarde

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Difícil ver a Copa

Sou fanático por Copa do Mundo desde 1982, quando era um molequinho de cinco pra seis anos. Lembro que naquela época comecei me interessar por Geografia justo por causa disso. Coisa de criança. Depois fui crescendo sempre esperando que aquele mês separado por por quatro anos chegasse pra que eu pudesse assistir os jogos. E assim se passou 86, 90... Em 94 começou o barato de ver os jogos com a Turma do Amor, quando as peças foram à minha singela (ex) residência em Bangu para assistir Brasil 3 x 2 Holanda. Jogo antológico. Após isso, 98 com jogos vistos em sua maioria com Anderson e Léo Salomão. E agora, ver os jogos em casa...

Difícil isso pq eu gosto é do povo junto, elétrico vendo a partida. O mais próximo possível do clima de estádio.

Sinistro é que lá em casa só eu gosto de futebol e as pessoas não são fãs no nobre esporte bretão. Pior, Iaríssima gosta de dormir na sala diante da tevê. Tá bom que vou entrar numa de ver os jogos de 3h30. A chapa esquenta...

Vicente Magno // 7:10 da tarde

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Dia dos namorados

Fiquei procurando festas de solteiros pra ir aqui, até que encontrei duas, mas acabei ficando em casa. O tempo, pra variar, estava meia bomba e a grana tá curta. Pra completar bateu um sofrimento, após quase dois anos namorando a Paula estamos separados. Por inciativa minha, é verdade, mas mesmo assim é doloroso ficar sem ela, que foi minha melhor amiga por seis anos e namorada por um ano e outros vários meses... Se privar de alguém que outrora foi tão presente na vida da gente é difícil. Espero que o dia dos namorados dela tenha sido melhor que o meu.

Vicente Magno // 4:54 da tarde

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Solidão

Vivo cercado de gente a maior parte do tempo, mas sinto a maior solidão. Faz falta ligar um maluco tipo Léo-quase-irmão, Anderson ou Goiano falando que vão se encontrar no Méier, no Alemão da Lagoa, na casa do Bené ou sei lá onde. Aqui não tem nada disso. Não tem churrasco com Minduím pra encher os potes de cerveja. Será que vou conseguir segurar essa onda? Logo, logo vou completar três meses aqui... Pior, no dia em que completo esses três meses Seu Carlos (vulgarmente conhecido como pai) completa 53 anos e não vou estar em Bangu para lhe dar um abraço.

Vicente Magno // 4:46 da tarde

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Sol!

Enfim temos sol nessa cidade. É impressionate como chove por aqui. Pior, chove e alaga tudo. A parada é bem pior que na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Quando São Pedro abre a bica é complicadíssimo chegar em casa. Essa história de Veneza Brasileira é a vera. As ruas viram canais, ia ser prático andar de gôndola.

A grande piada é que justo no dia em que abre um solzinho o expediente começa às 13h por causa do jogo do Brasil. Vá entender.

Vicente Magno // 4:41 da tarde

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quarta-feira, junho 12, 2002:

Saudade da terra

Após quase três meses a saudade do Rio é grande. Aqui não tem Bangu, não tem meu tapete, não tem D. Glória, S. Carlos e Irmão-Léo, não tem Turma do Amor, não tem trem, não Flamengo, não tem Maracanã, não tem Mocidade... Pois é, Recife está longe de ser uma lugar perfeito, mas a gente vai levando...

Vicente Magno // 5:03 da tarde

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Felicidades futebolísticas

É bom acordar com a França desclassificada em um dia e a Argentina em outro, né. Só espero que a manhã de quinta seja perfeita com uma vitória do México sobre a Itália. Aí, tudo quanto é seleção azul vaza da copa.

Vicente Magno // 4:55 da tarde

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Início desastrado

Hoje minha amiga Roberta Carvalho, a podrona, me ensinou como fazer isso aqui. Td bem que enquanto ela me dava uns toques eu quase caguei o blog dela por completo. Robertão, foi mal aê.

Vicente Magno // 4:39 da tarde

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Chove chuva. Chove sem parar

Já faz dois meses e meio que estou nessa cidade e fiquei impressionado como chove.

Chove um pouco. Pára. Seca tudo. Volta a chover. Tem dias em que o céu está lindo, cheio de estrelas e de repente cai um temporal sem tamanho.

Vicente Magno // 3:53 da tarde

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Inciando os trabalhos

Essa é a primeira postagem desse diário que pretende contar para a minha cambada de amigos como está sendo minha estada por essas terras no Nordeste do país.

Como meus amigos são um bando de cachorros que reclamam que eu não dou notícias, estou resolvendo isso de uma forma mais prática. Escrevo aqui e quem quiser é só ler.

Vicente Magno // 3:15 da tarde

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Isso aqui é um diário eletrônico criado por um carioca que saiu do Rio e se mudou pra Recife só pra ver qual é.

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